6.6.09



Perco a hora de acordar. Não sei que dia é e o que irei fazer. Os dias já não têm mais sentido e eu já não me importo mais com cronologias e nexos entre os acontecimentos. Talvez a força que minhas pernas têm me obriguem a sair da cama. Droga! Eu não quero. Pronto! Foi. Levanto e não tem nada na geladeira. Um cansaço me domina e a cabeça dói com toda a força de uma inexplicável ressaca. Talvez seja a hora de partir. Para onde? Não sei. Calça preta, chinelos e blusa rosa. As ruas da minha cidade parecem animadas e movimentadas. Há tempos não vejo tantas crianças com suas mães dando uma volta. Ai! Vento! Esse tempo cada dia mais louco. Tenho certeza de que uma nova gripe vem com o uivar me assombrar. Acho que preciso mudar meus hábitos alimentares. Acho que preciso cortar o cabelo. Acho, acho, acho.. Chega de caminhar. Volto para casa e o silêncio ainda permanece, seguindo-me como um fantasma sem alma, com desejo de não me largar. Cadê o meu livro? Vem cá, Paul Auster querido fazer-me companhia nesse dia triste.


Nos embalos de: silêncio

2 comentários:

fefa disse...

nos dias em q o silencio estiver insuportavel, saiba sempre q estou aqui. Promete?

bj =]

Julianna Sá disse...

tanto medo de voltar direto de um verão responsável por me fazer sorrir mais, onde as minhas pernas é que me prendem na cama quando eu quero sair, para um inverno. ainda bem que tem saudade de sobra pra ocupar o silêncio.