Livro novo do Bernardo Carvalho: "O filho da mãe". Nomes complicados, história entrelaçada e uma Tchetchênia só minha. Logo no início deparo-me com uma passagem amarga, angustiante. O livro 'takes place' numa Tchetchênia em plena guerra civil. Uma das personagens é uma senhora de 78 anos que luta para não ter que deixar seu apartamento, num dos únicos prédios ainda sobreviventes em meio às bombas. Ela já perdeu o filho, a família, todos os amigos e tem forças suficientes, mesmo com uma doença que ainda não descobri qual é, para lutar pela vida do neto. Com todo esse "mise-en-scène", meu coração quase se contorce com uma reflexão promovida pelo autor:
"Esperou o sol nascer, sentada no que uma vez fora a cozinha do apartamento. Não havia nada que odiasse mais do que os pássaros que continuavam a cantar de madrugada, mesmo já não havendo árvores, como aves de mau agouro, anunciando o dia nas ruínas da guerra."
2 comentários:
"e tem forças suficientes, mesmo com uma doença que ainda não descobri qual é, para lutar pela vida do neto."
te amo.
Bonito, mas triste
deu vontade de ler...mesmo!
bjo =]
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